As tendinites são das perturbações mais frequentes entre os desportistas profissionais, qualquer que seja a localização, como a coxa, o joelho, o tornozelo, o ombro ou o punho.
Quando o músculo e o tendão são muito solicitados, por exemplo em tarefas repetitivas, origina-se um processo inflamatório do tendão e da sua bainha originando dores, que na fase inicial são associadas à execução da tarefa. Com a manutenção da atividade o quadro acentua-se e a dor passa a estar presente mesmo em repouso podendo inclusivamente perturbar o sono.
De um modo geral, as tendinites resultam de um processo de sobrecarga, mas a ocorrência de microtraumatismos de repetição ou um único traumatismo de maior intensidade podem desencadear o processo.
Sintomas
Numa fase inicial apresenta dor localizada ao tendão envolvido, que se acentua nos movimentos contra resistência, ou seja, nas situações em que o músculo ou músculos em questão e os respectivos tendões são forçados. Quando examinado o doente apresenta uma dor localizada e limitação dos movimentos.
As tendinites tendem a evoluir em quatro fases, em função das queixas apresentadas: na primeira fase, a dor surge após a actividade desportiva; na segunda, a dor aparece no início da prática desportiva, desaparece após o período de aquecimento e pode reaparecer com o cansaço; na terceira, a dor é constante, em repouso e no exercício; na quarta fase, ocorre rotura do tendão.
A palpação do tendão produz dor, ficando este mais espesso e perdendo-se a nitidez do seu contorno.
A falta de um tratamento eficaz determina a evolução das tendinites e conduz à cronicidade e posterior rotura do tendão.
Causas das tendinites
A maioria dos casos resulta de um excesso de uso prolongado com deterioração do tendão mas sem inflamação associada, razão pela qual alguns médicos preferem o termo “tendinopatia”.
Esta distinção é importante porque a inflamação do tendão (tendinite) é tratada de um modo diferente da deterioração do tendão (tendinopatia).
As tendinites, de um modo geral, respondem rapidamente ao tratamento com anti-inflamatórios enquanto as tendinopatias requerem um tratamento mais prolongado e orientado para a melhoria da força do tendão e para a reconstrução dos tecidos adjacentes.
Tratamento
O tratamento das tendinites é, por regra, não cirúrgico, focando-se na identificação do ato que desperta a lesão de modo a preveni-la, se possível, repouso, gelo e anti-inflamatórios.
A fisioterapia e a acupuntura desempenham um papel fundamental. A ausência da atividade física não é, por regra, prolongada.
A fisioterapia utiliza técnicas como os ultra-sons, massagens e exercícios de força e flexibilidade de modo a devolver ao tendão as suas características iniciais.
O uso de infiltrações com concentrados plaquetários (Factores de Crescimento), PRP, em torno do tendão pode acelerar a sua regeneração.
Assim sendo, cirurgia não se deve efectuar antes dos três meses de tratamento médico e de fisioterapia. Quando necessário, a tenossinovitectomia é o procedimento cirúrgico em que se retira os tecidos inflamatórios da mão e punho que não respondem ao tratamento medicamentoso.